Por Gabriel Teixeira
Já conhecia o Uruguai. Quando morei em Porto Alegre, fiz uma viagem ainda mais longa do que a relatada até Montevidéu. Saímos do Brasil, eu e Mariana, na manhã do dia da independência brasileira em 2011. Em 2014, cruzei a fronteira munido da carta verde no dia de nascimento de Artigas, herói uruguaio. Coincidência curiosa que tenham sido em datas históricas as duas vezes que cheguei a Punta del Diablo.
Punta del Diablo é um POVOADO localizado no litoral norte uruguaio. Possui menos de mil residentes fixos, a maioria pescadores. No verão, se torna um dos principais POINTS do litoral uruguaio, con sol, playa, patricia y especulación inmobiliaria. Fiz a escolha por tirar sol e especulação imobiliária da equação e escolhi voltar a Punta del Diablo em pleno início de inverno. Já imaginando encontrar uma CIDADE FANTASMA, minha intenção era repousar, acompanhar a Copa do Mundo de leve nos três dias que tinha entre Holanda x Austrália e Coréia x Argélia.
Cheguei ao hostel El Diablo Tranquilo pouco antes do início de Uruguai x Inglaterra. Eu já sabia da hospedagem de três anos atrás que o lugar era frequentado e administrado por CIDADÕES DO MUNDO de inúmeras nacionalidades, mas mesmo assim fiquei surpreendido ao perceber que só havia ali torcida do English Team: o recepcionista/DJ Steve e mais uns QUATRO hóspedes britânicos. É nesse clima altamente INTERNACIONAL que funciona o hostel e às vezes fica difícil saber se deves hablar português, english ou español. A corneta, no caso, foi em inglês.
Lá há praias, lugares belíssimos, caminhadas, bicicleta, surf, yoga, vinho, cerveja, boa música, jantares decididos democraticamente (apesar da minha sugestão de SARDINES ON THE PRESSURE não ter sido bem aceita, fui o maior responsável por uma PIZZA PARTY) e um excelente ASTRAL. Não há como não se apaixonar por este lugar. Vejam bem, já é a segunda declaração de amor que faço por um local e posso afirmar que não é leviandade.
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