Por Mariana Piana
Tiradentes é uma das cidades históricas de Minas Gerais mais charmosas e visitadas, não é pra pouco, a cidade é envolvente e passar um dia lá faz você querer voltar mais vezes.
A cidade esta localizada a 195 km da capital, Belo Horizonte (confira aqui) e há 15 km de outra cidade histórica – São João del Rei (confira aqui). Seu nome “Tiradentes” é em homenagem ao mártir da inconfidência Mineira, Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes.
O destino fica coladinho com a Serra de São José, as casas são todas coloridinhas, as ruas de pedra e cheias de artesanato, os restaurantes e cafés estão por todas as partes, um perfeito destino gastronômico e que te faz viver na época do Brasil Colônia . Em Tiradentes foram rodadas algumas minisséries como JK e Hilda Furacão e o filme que retratou a vida de Chico Xavier também teve cenas na cidade.
A melhor forma de desbravar a cidade é a pé. O charme das ruas de pedra e suas casas coloniais faz com que você viva no período do Brasil Colônia e tudo é história por lá. Foi tombada pelo IPHAN – Patrimônio Cultural e Artístico Nacional em 1938.
O que fazer em Tiradentes?
Começamos o dia no Largo das Forras, principal praça e que reúne restaurantes, lojinhas e bares movimentados. No dia que fomos estava acontecendo o Festival Gastronômico de Tiradentes, um dos principais do Brasil e a praça estava lotada! Por lá e pela região se prepare para ver muito artesanato, doces e cachaças mineiras.
Saindo do Largo das Forras, pegamos a Rua Min. Gabriel Passos onde paramos em diversas lojinhas locais, compramos alguns suveniers até chegar na Rua da Cadeia onde antigamente ficava uma cadeia, construída por volta de 1730. Hoje no mesmo lugar que era cadeia fica o Museu de Sant’Ana. O prédio mantém portas e grades da época, restaurado para abrigar coleção de imagens de Santa Anna e fica no Largo do Rosário, onde também esta localizada a Igreja Nossa Senhora do Rosário.
A rua que fica em frente à Igreja do Rosário é (na minha opinião) a mais charmosa da cidade e se chama Rua Direita. Por lá, só caminhar admirando as casas é uma delícia!
Fomos andando em direção à Rua da Câmara, onde ficava a Casa da Câmara.Construída no Século XVIII em estilo espanhol, abrigou a câmara e o fórum da cidade. Em 1970 foi doada à Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade e passou a abrigar alguns eventos culturais da cidade. Em 1985, parte do imóvel foi reintegrado à sua função original, mas, ainda assim, continua aberta a visitantes em sua parte dedicada às atividades culturais.
Subimos mais um pouco a rua em direção a principal atração da cidade, a Matriz de Santo Antonio. Antes de chegar na Igreja, passamos por diversos atelies de artistas locais e do Museu da Liturgia.



A Matriz de Santo Antônio é uma beleza à parte. Existem guias no local que por um preço justo te dão detalhes sobre todas as obras dentro da igreja, inclusive trabalhos atribuídos a Aleijadinho (em cima da porta principal da Igreja). De sexta à domingo existe a apresentação de som e luz, com um texto de 16 minutos, gravado pelo ator Paulo Goulart, q que conta toda a história da matriz. Somente de sexta a domingo, às 20h (quando não há casamento).
A igreja começou a ser construída no Séc 18 e é considerada a mais importante de Minas Gerais e a segunda com mais ouro no Brasil, com meia tonelada de ouro (atrás apenas da Igreja de São Francisco em Salvador/BA). Possui lindos altares e um órgão português de 1788 com tem oito fileiras de tubos e e belíssimas pinturas em estilo rococó. Na parte externa da Igreja existe um relógio solar datado de 1785 que era utilizado para que os fieis soubessem o horário da missa.



Após fazer a visita no interior da Igreja (que é proibido fotografar) descemos a ladeira da Rua da Câmara até chegar na Rua do Chafariz, onde existe o Chafariz de São José, datado de 1749 e com elementos barrocos e trabalhado em quartzito. Possui três fontes ainda em funcionamento e a água abastecia os habitantes e os animais da cidade, além de ser utilizada para lavagem de roupas.

Do ladinho do Chafariz fica o por nós recomendado, Restaurante Ora Pro Nobis. Lá fizemos a pausa para um almoço inesquecível com direito à comidinha mineira de melhor qualidade, ambiente arborizado e moda de viola ao vivo. Endereço: Rua da Câmara, 88
À tarde conhecemos também:
- O Chico Doceiro, personagem conhecido em Tiradentes pelos doces deliciosos. Provamos os canudinhos de Doce de Leite. Endereço: R. Francisco Pereira Morais, 74.
- O Terminal Ferroviário de Tiradentes de onde parte diariamente a Maria Fumaça para São João Del Rei.
- Visitamos a Igreja Nossa Senhora das Mercês e em seguida terminamos o dia visitando a Igreja São Francisco de Paula. O local oferece uma linda vista para o Centro Histórico de Tiradentes com a Matriz de Santo Antônio ao fundo. Dizem que o Pôr-do-Sol de lá é lindo, mas não conseguimos acompanhar.
Nossa!
Amei seu post.
Estou doida para conhecer. Estudei muito Matriz de Santo Antonio nas aulas de artes do colégio!
Muito bom o roteiro, parabéns!
Bjokas
Carol
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Obrigada @melhorcomvoce ! Vá conhecer e vc vai se apaixonar pela cidade ❤️❤️❤️
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De fato. Uma aula de história.
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